Artigo de Opinião | O que se espera do novo Governo
02 Fev 2022
Em democracia, as escolhas que resultam dos processos eleitorais têm sempre impacto na vida das empresas e das pessoas. E quando essas escolhas são claras e expressivas, como sucedeu no passado dia 30 de janeiro nas eleições legislativas em Portugal, pode-se dizer que não há espaço para hesitações, impasses e qualquer instabilidade a nível governativo.
Para os próximos 4 anos, estão criadas as condições de governabilidade e estabilidade política de que Portugal necessitava para enfrentar os desafios da recuperação da economia, em especial dos setores mais severamente afetados pela pandemia da Covid-19. Há, com este novo ciclo político, um contexto favorável à concretização das reformas necessárias em várias áreas para que Portugal deixe de ser um País estagnado e sem rumo.
Espera-se que o novo Governo garanta um ambiente de negócios atrativo e estimulante para que as empresas tenham condições mais favoráveis para competir em mercados cada vez mais exigentes e globalizados. O próximo Governo deve ainda garantir a execução de programas e medidas de estímulo ao investimento público e privado para que o nosso Pais entre o mais rapidamente possível num novo ciclo de crescimento económico, desejavelmente mais acelerado, mais sustentável e mais inclusivo.
O ponto de partida ainda é particularmente difícil, sobretudo devido à persistência da situação pandémica da Covid 19 e à lenta recuperação da economia internacional. Todavia, a evolução recente da economia e do emprego em Portugal evidenciam claramente a resiliência e grande capacidade das nossas empresas para contornarem as fortes adversidades que têm enfrentado.
Esperando uma aceleração do crescimento económico já em 2022, importa salientar que temos na nossa Região e nosso País um tecido empresarial dinâmico, competitivo e empenhado em dar um forte contributo para a recuperação e restruturação da nossa economia.
Para que seja estimulado e intensificado o crescimento económico é fundamental que o próximo Governo de Portugal assuma uma postura de permanente diálogo em sede concertação social com todos os parceiros sociais. Naturalmente, que essa mesma postura de diálogo e concertação deve também envolver as associações empresariais e outras instituições relevantes da envolvente empresarial.
No rescaldo de mais uma campanha eleitoral, importa deixar uma breve nota pública para agradecer e enaltecer o diálogo aberto e profícuo que tivemos a oportunidade de estabelecer com representantes dos principais partidos com candidaturas pelo Distrito de Braga às últimas eleições legislativas. A totalidade dos desafios e propostas apresentadas pela Associação Empresarial de Braga foram bem acolhidas pelos vários interlocutores, constituindo uma oportunidade para estreitar laços de entreajuda e cooperação na ação futura dos deputados e dos respetivos grupos parlamentares.
As melhores saudações associativas e bons negócios!
– artigo de opinião do Presidente da AEB, Domingos Macedo Barbosa