Exportações de Braga registam o melhor semestre de sempre

14 Ago 2023

Com o mês de junho a registar um crescimento homólogo de 19%, a indústria bracarense alcançou no 1º semestre de 2023 o “melhor semestre de sempre” nas vendas ao exterior, com um total de 954,5 milhões de euros, 16% acima do registo no mesmo período do ano passado.

De acordo com os dados do INE, durante os primeiros 6 meses deste ano, as exportações para a União Europeia ascenderam a 88,8% do valor total, perdendo uma ligeira quota para os mercados extracomunitários que registaram uma variação homóloga de 26,1%, contra os 15,8% registado pelas vendas intracomunitárias.

Em contraciclo com o desempenho das exportações portuguesas – que em junho voltaram a cair pelo 3.º mês consecutivo -, para o Diretor Geral da AEB, Rui Marques, o resultado das exportações das empresas sedeadas em Braga só é possível graças “à especialização distintiva da indústria bracarense e ao extraordinário desempenho dos setores das ‘máquinas, aparelhos e material elétrico’ e dos ‘instrumentos de medida, controlo ou precisão’, que, durante o 1º semestre, cresceram 19% e 37%, respetivamente”.

Para além destes dois setores, que no 1º semestre tiveram um peso de 63,7% nas exportações do concelho, Rui Marques destaca também a importância dos setores da indústria têxtil e da metalurgia e metalomecânica, que, neste período, representaram 13,6% e 15,3%, respetivamente, no total das exportações bracarenses.

No caso da indústria têxtil, o primeiro semestre significou um crescimento de 21% face ao período homólogo, o que para o Diretor Geral da AEB constitui “um resultado notável, face ao abrandamento da economia europeia e do comportamento do setor no resto do país, o que reflete um posicionamento mais elevado na cadeia de valor das têxteis bracarenses, num segmento que é menos sensível à crise”.

Em sentido inverso, a indústria da metalurgia e metalomecânica registou uma quebra de 11% no 1º semestre, “em resultado da diminuição do número de encomendas que se verificou no 2.º trimestre do corrente ano”.

Apesar do desempenho positivo das exportações no 1.º semestre, para Rui Marques, a conjuntura exige preocupação, porque o abrandamento da procura já se faz sentir em praticamente todos os setores de atividade e os aumentos sucessivos das taxas de juro estão a provocar uma retração do consumo e um aumento significativo da pressão na tesouraria das empesas.

Considera, por isso, que é fundamental que o Governo proceda, por um lado, a um “desagravamento da carga fiscal”, que está a captar muitos recursos às empresas e aos trabalhadores, prejudicando a competitividade da economia portuguesa. Por outro lado, considera essencial que os sistemas de incentivo à inovação produtiva, à qualificação e internacionalização das PME, no âmbito do Portugal 2030, sejam operacionalizados com a maior brevidade possível, “para que as empresas portuguesas concretizem investimentos fundamentais para enfrentar o futuro com maior robustez e ambição”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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